Luto sem despedida: a dor e a angústia de quem não pode dizer ‘adeus’

Ele era pai, avô, amigo e sobretudo, companheiro. Uma pessoa feliz, que dividia tudo com ela – a esposa Idalina, sem se esquecer das filhas e também dos netos.

Querido como ele só, amável e muito gentil, ‘João Baiano’ como era mais conhecido, nos deixou há alguns dias e foi morar no céu. Dentro de casa só restou o silêncio e um vazio difícil de ir embora.

Vítima da Covid-19, ‘João Baiano’ de 74 anos, que morava em Janiópolis, foi sepultado sem direito a uma despedida digna, com a roupa que faleceu, num caixão totalmente lacrado.

Hoje, dia 29 de julho, ‘Dona Idalina’ também nos deixou e devido ao alto risco de contaminação, assim como o esposo, ‘João Baiano’, a família também não pode se despedir dela da maneira como gostariam.

A verdade é uma só: a ‘dupla morte’ deixará as suas marcas, mas por mais que ela possa tentar, não poderá apagar a saudade de quem partiu cedo demais.

Neste momento de tanta tristeza, quando a dor extrapola a perda e se potencializa na impossibilidade de viver o luto, os nossos sentimentos à família dos amigos ‘Sirene e Conrado Júnior’.

‘João Baiano’ e ‘Dona Idalina’ se foram, mas fica a certeza de que eles serão exemplos e estarão sempre vivos na lembrança dos amigos e familiares, que não tiveram a oportunidade de se despedir de quem eles mais amavam.

Hoje, o céu ganhou mais uma estrela. Descanse em paz, Dona Idalina.

 

Da redação

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