Saúde de Janiópolis realiza campanha de sensibilização sobre a Hanseníase

O dia 26 de maio (sexta-feira) é marcado pelo Dia Estadual de Conscientização sobre a Hanseníase e em Janiópolis, a Secretaria Municipal de Saúde antecipou a campanha de sensibilização sobre a doença. Nesta terça-feira (23/05), os profissionais de saúde realizaram palestras nas Unidades Básicas dos Distritos e na sede do Município, bem como distribuição de folders em vários pontos, principalmente, na área do comércio.

O objetivo é reforçar a atenção, mobilização e combate à doença, lembrando da importância do diagnóstico precoce, do tratamento – que é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além da luta contra o preconceito. Além da hanseníase também levaram orientações sobre tuberculose e ISTS.

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais. A boa notícia é que a hanseníase tem cura (desde a década de 1980) e cessa a transmissão assim que iniciado o tratamento.

Os sintomas mais comuns:

Manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato;

Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores;

Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés;

Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos;

Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo;

Coceira ou irritação nos olhos;

Entupimento, sangramento ou ferida no nariz.

Em nível de Estado do Paraná, a Secretaria Estadual de Saúde tem o Plano Estadual para Controle da Hanseníase, o qual prevê ações integradas entre Vigilância e Atenção à Saúde que, apoiadas pela Assistência Farmacêutica, laboratorial e promoção da saúde, coordenam as estratégias para o controle da hanseníase no Paraná. Entre elas estão a busca ativa para detecção precoce dos casos, tratamento; reabilitação; manejo das reações hansênicas e dos eventos pós-alta; investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão; formação de Grupos de Autocuidado e ações adicionais que promovam o enfrentamento do estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

 TRATAMENTO – Na década de 1920, quando o Brasil enfrentava uma epidemia da doença, o internamento compulsório foi a política adotada para tentar frear a disseminação da doença. Nesse contexto, diversos hospitais colônias foram fundados no país. O Leprosário São Roque foi o primeiro deles, inaugurado em 1926, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. O avanço das pesquisas na área da hanseníase permitiu a abolição do internamento compulsório no país, que passou a oferecer o tratamento gratuitamente pelo SUS e em caráter ambulatorial, atualmente gerido pelo Estado.

Acompanhando as evoluções no tratamento, além do nome, o Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná mudou também seu perfil assistencial, e trata hoje diversas dermatologias, mas continua sendo referência para todo o Paraná no tratamento da Hanseníase, uma vez que possui uma equipe assistencial médica e multidisciplinar com muita experiência no tratamento dessa patologia. Apesar de milenar, a Hanseníase continua sendo um importante problema de saúde pública em muitos estados do Brasil, com alto potencial incapacitante.

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