Sindtêxtil completa 30 anos de lutas e conquistas em favor do trabalhador

Com coragem e ousadia,alguns trabalhadores se uniramem prol de um movimento para atuar na defesa dos seus interesses. O sonho virou realidade e 30 anos depois, aquela pequena mobilização se transformou no Sindtêxtil – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Goioerê e Região, que atualmente representa cerca de 5 mil profissionais em mais de 150 cidades no Paraná.

O movimento surgiu para fortalecer a classe operária do setor da tecelagem e do vestuário, que até então, não tinha força para cobrar seus direitos e muitos menos pleitear qualquer melhoria junto aos patrões.

A mobilização foi encabeçada pelos então operários na extinta Fiação da Coagel, Júlia Pereira da Silva e Gilson Almeida Pinto, que presidiu o sindicato no seu primeiro ano. O contador Juarez Paulo da Silva também teve uma grande participação para organização e legalização da instituição sindical.

Conhecedora da necessidade dos seus companheiros de trabalho, e sempre lutando por seus ideais, a operária Júlia Pereira conquistou a admiração, o respeito e a confiança dos demais trabalhadores e foi escolhida para representar a classe como vice-presidente. Cerca de um ano depois assumiu a presidência.

Júlia conta que começar não foi fácil, pois as dificuldades eram enormes. “Motivos para desistir nunca faltaram, mas o desejo de defender os companheiros de trabalho sempre foi maior”, afirma.

Com um ideal na cabeça, a presidente do Sindtêxtil embarcou para Brasília em busca do reconhecimento do sindicato pelo Ministério do Trabalho. “Não foi uma missão muito fácil, de uma hora para outra. Saí da frente da máquina maçaroqueira de algodão, para ir para Brasília para negociar com os representantes do governo”, explica ela.

Segundo ela, a missão em Brasília foi muito difícil, masa luta não foi em vão, pois a carta sindical estabelecendo a legalidade da entidade foi publicada no dia 29 de setembro de 1990. “A partir desse momento o Sindtêxtil começou a ganhar força e em 1995 conseguimos a filiação na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Paraná”, afirmou.

Atualmente, o sindicato tem os reconhecimentos necessários e atua em conformidade com as principais confederações e federações sindicais como Conaccovest Brasil, Fetraccovestt Paraná e Nova Central Sindical.

De acordo com a presidente, apesar das conquistas e do fortalecimento do sindicato, a luta em defesa do trabalhador continua intensa. “Já avançamos muito e garantimos inúmeros direitos aos nossos trabalhadores, mas nossa batalha é diária e constante”, relata.

“Nossa responsabilidade é enorme, porque temos de enfrentar todos os dias os reclamos de nossa categoria e lutar contra a precarização enorme do trabalho nas facções, por melhores condições de trabalho nas empresas, por melhores salários e pela garantia dos direitos de nossos associados”, comenta.

Ainda de acordo com a sindicalista, todos os anos a direção da entidade procura negociar os Acordos Coletivos de modo quese possa repor as perdas salariais e obter sempre um aumento real dos salários, para garantir uma vida melhor para as nossas famílias.

A sindicalista também faz um alerta às atuais políticas governamentais que buscam enfraquecer os sindicatos. “Sem os sindicatos os trabalhadores serão enfraquecidos e podem colocar em risco muitos benefícios já garantidos e praticamente anulam a possibilidade de novas conquistas”, conclui.

Julia faz questão de agradecer a todos que apoiaram e ajudaram o sindicato nas últimas três décadas. “Quero fazer um agradecimento especial aos nossos diretores que sempre  estiveram ao meu lado lutando em busca de melhorias para os trabalhadores”, finalizou.

 

 

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