Avicultura cresce 3,5% e bate recorde de produção em 2021

O Brasil deve ultrapassar a China e ocupar a segunda posição entre os maiores produtores mundiais de frango. Para 2022, a previsão é de novo crescimento produtivo e salto no consumo per capita.
Os desafios foram vários ao longo do ano, como a alta dos custos de produção impulsionada pelos preços do milho e do farelo de soja, itens fundamentais às rações.

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O dólar alto beneficiou as exportações, mas também encareceu a importação de insumos para a fabricação de uma série de produtos aplicados à produção de aves.
A elevação dos combustíveis e da energia elétrica também podem ser computados como forte peso no custo final de produção do frango.
Além disso, a pandemia de Covid-19, com suas restrições e impactos, a queda de renda do brasileiro e uma economia ainda tentando deslanchar afetaram o repasse para o preço final ao consumidor, achatando as margens da indústria avícola.
Embora os desafios pareçam enormes, a avicultura brasileira conseguiu expandir a sua produção em um percentual que deve fechar em 3,5%, atingindo um volume aproximado de 14,300 milhões de toneladas de carne.
Se confirmado, o país assume a segunda posição entre os maiores produtores mundial desta proteína, ultrapassando a China e ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
O que alicerçou esse crescimento foi principalmente as exportações. Com o dólar alto, o produto brasileiro ganha ainda mais competitividade no comércio internacional. O status sanitário do país também favorece as vendas externas, já que vários países com importância na avicultura têm enfrentado problemas com a Influenza Aviária.
No mercado doméstico, mesmo com as inúmeras dificuldades, não houve sobras significativas. A oferta de frango para o consumidor brasileiro cresce em cerca de 2% no comparativo com 2020, mas foi absorvido. Na competição com as outras carnes, o frango teve vantagem por ser a proteína de preço mais acessível, e que melhor se adaptou ao bolso do consumidor.