Paraná se tornou referência nacional em política habitacional para idosos

Estudos apontam que até 2030 o Brasil deverá ter mais idosos do que crianças e, entre as principais demandas desta cada vez maior parcela da população está a necessidade de moradia. Para antecipar a solução da crescente demanda, o governador Ratinho Junior criou o programa Viver Mais Paraná, a maior política habitacional do país voltada aos idosos.

A iniciativa consiste na construção de condomínios residenciais cujas moradias são adaptadas e que contam com uma ampla infraestrutura de uso comum, com espaços de lazer, saúde e assistência social aos moradores. Entre os espaços disponíveis, estão academia ao ar livre, ambulatório, salão de festas, churrasqueiras e horta comunitária. Os projetos mais recentes preveem ainda sala de informática, biblioteca e piscina de hidroginástica.

As unidades são destinadas exclusivamente para pessoas com mais de 60 anos e renda mensal de até seis salários-mínimos, com prioridade de atendimento para aqueles que residem em áreas de risco, condições precárias ou que sejam beneficiários de programas assistenciais. Entre as características do projeto, está o estímulo à convivência conjunta dos moradores como forma de combater um dos principais problemas relacionados aos idosos, que é a solidão.

“Pessoas com mais de 60 anos têm uma grande dificuldade em obter um financiamento imobiliário e muitas acabam sozinhas, com depressão”, comenta Ratinho Junior. “Para elas, criamos uma política inovadora, com locais seguros, confortáveis em que elas podem conviver com outras pessoas a partir do pagamento de um pequeno pedaço da aposentadoria. Isso é respeito, cuidado e dignidade para os nossos idosos”, concluiu o governador e candidato à reeleição.

Ao todo, são 21 projetos com 40 imóveis cada, totalizando 840 unidades. Jaguariaíva, nos Campos Gerais, recebeu o projeto-piloto do programa, entregue ainda em 2019. Em 2021, o segundo condomínio foi entregue em Foz do Iguaçu, no Oeste, e a entrega mais recente aconteceu em Prudentópolis, no Centro-Sul do Paraná. Também há obras em estágios avançados em Cornélio Procópio, Irati e Telêmaco Borba, trabalhos em fase inicial em Francisco Beltrão e Ponta Grossa, e perspectiva de início da construção em Cascavel, Arapongas, Campo Mourão e Guarapuava.

Para os próximos anos, a proposta é continuar a ampliar o programa à população de outros municípios através de projetos da Cohapar, em parceria com as prefeituras.

CARÁTER PERMANENTE

O público selecionado pela equipe social da Cohapar pode residir nas casas por tempo indeterminado com o pagamento de um aluguel social inicial de apenas 15% de um salário-mínimo, que atualmente equivale a R$ 181,80. A cessão dos imóveis neste modelo garante o caráter permanente do programa, com repasse das unidades a outros idosos com prioridade de atendimento conforme são desocupadas.

ATENDIMENTO EM CASA

Os condomínios contam ainda com locais onde os moradores podem receber atendimentos de profissionais de saúde, educação física e assistência social, cujos serviços são prestados por funcionários municipais, em convênios firmados entre a Cohapar e as prefeituras. Em breve, estudantes das universidades estaduais também poderão atuar no atendimento aos idosos dentro de suas áreas de formação, em parceria com as universidades estaduais.

Os projetos arquitetônicos também levam em conta aspectos de sustentabilidade ambiental, como sistemas de captação de energia solar, captação de águas das chuvas e poços artesianos. Com o avanço do programa, os novos empreendimentos passaram a incorporar também outros itens, como sala de informática e piscina térmica para hidroginástica.

As características do programa, bem como a sua abrangência, fizeram com que o programa recebesse em 2021 o Selo de Mérito, uma premiação que reconhece as melhores práticas do poder público para o setor habitacional. Os projetos chamaram a atenção, do Governo Federal, outros governos estaduais e de prefeituras de outros estados, que enviaram representantes ao Paraná para conhecê-los de perto.