Na Coreia do Sul, Paraná conhece tecnologias educacionais e ações de ensino profissionalizante

O secretário da Educação do Paraná, Roni Miranda, reuniu-se com ministro da Educação da Coreia do Sul, Ju-Ho Lee, nas cidades de Seul e Daegu, para conhecer as estratégias e tecnologias que transformaram o sistema educacional sul-coreano em referência mundial. A visita é uma aproximação iniciada na missão internacional do governador Carlos Massa Ratinho Junior ao país asiático, em março.

A reunião com o ministro contou com a presença de toda a diretoria de transformação digital do Ministério da Educação do país. Na ocasião, a equipe apresentou as principais ações empregadas para a evolução da nação no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) e os planos para os próximos anos.

Entre eles, estão o uso de inteligência artificial para fins pedagógicos, além do estímulo da criatividade e das habilidades socioemocionais dos estudantes.

“Foi um momento de troca de experiências e também de inspiração, uma vez que pudemos avaliar o investimento que a Coreia do Sul fez em tecnologia e como ele contribuiu para a transformação educacional do país, que é reconhecido hoje como referência na área”, disse Miranda. “Pudemos constatar que o Paraná está no caminho certo, aliando a tecnologia a estratégias pedagógicas e buscando apoiar, da melhor maneira, o desenvolvimento dos nossos estudantes”.

 

Além do encontro no Ministério da Educação, o secretário também visitou quatro escolas técnicas para conhecer o funcionamento da educação profissionalizante no país. Um exemplo foi a Mirim Girls’ Information Science High School — uma escola exclusiva para meninas, voltada à tecnologia e às mídias digitais —, em que cerca de 80% das estudantes saem do colégio com emprego na área.

Já na Seoul Robot High School, o secretário pôde analisar a composição do currículo, conhecer os laboratórios e entender como é criada a ponte entre os estudantes e o mercado de trabalho. As estratégias de empregabilidade (que incluem parcerias com o setor privado e um currículo focado na área técnica) poderão ser adaptadas para os mais de 600 colégios com educação profissionalizante na rede estadual do Paraná.

A agenda no país também contemplou visitas a quatro startups que oferecem soluções educacionais. A startup Dabida, por exemplo, apresentou robôs que auxiliam no ensino de conceitos básicos de programação. Já a empresa Riiid demonstrou diferentes usos da inteligência artificial a favor da educação, como uma plataforma que analisa a taxa de acertos e em quanto tempo o estudante conclui exercícios e, com base nessas informações, identifica quais são as suas dificuldades e habilidades, podendo selecionar novos exercícios adaptados ao perfil do aluno.

 

TECNOLOGIA NA REDE – A Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) tem levado tecnologia para as salas de aula da rede estadual, tanto por meio do currículo (com a ampliação das aulas de Pensamento Computacional e Robótica), quanto da infraestrutura. O Governo do Estado investiu R$ 200 milhões na compra de 77.300 equipamentos de informática, incluindo computadores, notebooks e kits de robótica, que foram entregues neste ano. Além de serem utilizados nas aulas de Robótica, Pensamento Computacional e Mídias Sociais (na 2ª série do ensino médio), os equipamentos também podem ser empregados no uso das plataformas educacionais, como as de Inglês, Matemática Gamificada e Redação.