Itaipu cria programa para prevenir e tratar doenças crônicas de empregados(as)
Empregados(as) da margem brasileira que tenham alguma doença crônica não transmissível, como hipertensão, diabetes e obesidade, serão convidados a participar
A partir do mês de outubro a Divisão de Medicina do Trabalho da Itaipu Binacional convidará todos(as) os(as) empregados(as) da margem brasileira identificados com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) a uma consulta médica para avaliação inicial e adesão ao Programa de Prevenção e Tratamento de DCNT.
Desenvolvido desde janeiro deste ano, o programa foi todo planejado para dar uma atenção especial a esse grupo de trabalhadores da Itaipu, com o objetivo principal de reduzir o risco de morte precoce e incapacidades resultantes de doenças como hipertensão arterial, diabetes e obesidade.
Quem aderir ao programa dará um passo importante para promover a própria longevidade e qualidade de vida, com acompanhamento regular por meio exames clínicos e laboratoriais, além de acesso facilitado e um vínculo mais estreito e coordenado com a equipe de profissionais do programa.
Isso inclui consultas regulares com médicos e enfermeiros e plano de cuidado personalizado, além da colaboração com profissionais da rede externa, como endocrinologista, cardiologistas, nutricionistas e psicólogos, garantindo uma abordagem holística e integrada ao bem-estar do(a) empregado(a).
Ciente do cuidado integral da saúde do trabalhador, a empresa se alinha à tendência global, observada especialmente em grandes corporações: promover um cuidado além das exigências de saúde e segurança ocupacional. Nos Estados Unidos, por exemplo, o programa Total Health Work, do Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional (NIOSH), representa essa nova visão de atenção integral à saúde no ambiente de trabalho.
Na Europa, diversas iniciativas destacam a importância de cuidar de empregados portadores de DCNT. A Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e Trabalho (EUROFOUND) publicou, em 2019, o relatório Como Responder aos Problemas Crônicos de Saúde no Local de Trabalho, sugerindo intervenções eficazes. Já em 2013, a Declaração de Bruxelas, da Rede Europeia para a Promoção da Saúde no Local de Trabalho (ENWHP), recomendava que os empregadores focassem na prevenção das DCNT no ambiente corporativo.
O Programa de Prevenção e Tratamento de DCNT da Itaipu também oferecerá conteúdos educativos por meio de intervenções audiovisuais, como vídeos e palestras, voltados para o autocuidado e a promoção de hábitos saudáveis.
Ao promover a saúde dos seus empregados, a Itaipu Binacional reafirma seu compromisso com a saúde e o bem-estar de sua força de trabalho, focando em estratégias de prevenção e tratamento das DCNT.
DCNT e morte precoce
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná alcançou em 2024 a marca de 79,2 anos de expectativa de vida, muito próxima à de países como Dinamarca (79,5), Estados Unidos (79,8) e Portugal (80). Entretanto, uma parcela considerável das pessoas que vivem no Estado não chegará a esta idade, pois, de acordo com as estatísticas, falecerá precocemente.
Esta morte prematura, definida como aquela que ocorre antes que o indivíduo alcance a expectativa de vida média de sua população ou região, tem como principais causadoras as doenças crônicas não transmissíveis – condições de saúde de longa duração, com progressão lenta e não transmissíveis de pessoa para pessoa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2023), essas condições têm potencial de levar à morte ou incapacidade. Os quatro principais tipos de doenças crônicas não transmissíveis, que impõem um grande fardo à saúde global, são: doenças cardiocirculatórias, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas.
A gravidade das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é refletida em dados alarmantes: a cada 2 segundos, uma pessoa com menos de 70 anos perde a vida em decorrência dessas condições, sendo 86% dessas mortes ocorridas em países de baixa e média renda, como o Brasil (OMS, 2022). Além disso, as DCNT são a principal causa de morte e de mortalidade prematura, sendo as relacionadas ao sistema cardiocirculatório as mais prevalentes (DATASUS, 2022).