Área colhida do trigo chega a 40% na Copacol

Com as máquinas a campo, os cooperados seguem com a colheita do trigo na área de atuação da Copacol. Até agora a retirada do cereal já atingiu 40% das lavouras, com 450 mil sacas entregues às unidades da Cooperativa. A expectativa é receber 1,3 milhão de sacas nesta safra.

Florindo Buss, cooperado em Cafelândia, optou pela cultura devido o fim do zoneamento do seguro do milho. “Optamos pelo trigo por ser uma cultura boa para a cobertura de solo no inverno, deixando a terra pronta para o plantio da soja. Mas o resultado desta safra de trigo foi baixo, pois a produção teve impacto causado pelas chuvas danificando o grão”, afirma o produtor que colheu uma média de 120 sacas por alqueire.

A dificuldade inicial foi o surgimento de plantas daninhas, com o predomínio de aveia selvagem ou Avena fatua, que é uma planta daninha de difícil controle dentro da cultura do trigo, o nabo, – a nabiça – e também a trapoeraba. Com o crescimento das plantas foram registradas manchas foliares e oídio, parasita que leva a morte prematura das folhas. “Com o clima mais seco observamos a doença se estabelecendo de maneira bastante agressiva. Com o avanço da cultura houve o predomínio de bacteriose. Essa doença acabou se instalando exatamente nessas fases de emborrachamento e alongamento do trigo em função do clima, com boa umidade e temperaturas elevadas, afetando de maneira severa a produtividade”, explica o engenheiro agrônomo, Vanei Tonini.

Na fase de florescimento do trigo o ambiente foi extremamente favorável para a instalação do brusone, ou fungo Pyricularia grisea, com sintomas observados nas espigas, com o branqueamento a partir do ponto de infecção. “Essa doença predominou devido as temperaturas amenas, com períodos de umidades superiores a 20 horas. Todas essas ocorrências provocaram grandes desafios para o trigo”, afirma Tonini.

INDUSTRIALIZAÇÃO

O cereal colhido na região atende a demanda da Central Cotriguaçu, em Palotina, que recentemente teve a capacidade operacional ampliada no moinho, com foco na modernização dos processos. “O moinho industrializa 11 mil toneladas por mês garantindo eficiência e qualidade para uma melhor comercialização dos nossos produtos. Estamos recebendo o cereal e realizando a separação conforme a qualidade da matéria-prima para atender aos diferentes tipos de farinha”, explica o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.