“Alerta Ferrugem”: lavouras de soja de 12 municípios serão monitoradas
O projeto ‘Alerta Ferrugem’, desenvolvido pelo Emater e Iapar, vai monitorar lavouras de sojas em 12 municípios que integram a região Comcam. O serviço monitora e informa sobre a ocorrência da ferrugem asiática.
De acordo com o engenheiro agrônomo Sandro Cesar Albrecht, coordenador regional do Projeto Grãos da Emater, o serviço faz a instalação de coletores em propriedades rurais estrategicamente selecionadas.
O coletor, segundo ele, nada mais é que um suporte metálico enterrado no chão, sobre o qual é instalada uma peça de PVC que gira livremente de acordo com a direção do vento. Dentro do tubo é depositada uma lâmina de microscópio envolta em fita adesiva, que serve para reter os esporos do fungo que passam por ali.
Sandro explica que o esporo da ferrugem é transportada pelo vento e se tiver esporos no ar, existe uma grande possibilidade dele passar por dentro do equipamento e ficar retido na lâmina.
Ainda segundo ele, semanalmente ou até duas vezes por semana, conforme a condições do clima, a lâmina é recolhida e analisada. “Caso seja detectado esporo suspeito é analisado por um fitopatologista. Uma vez este profissional confirmando a ferrugem, a gente identifica no site “Alerta Ferrugem” do instituto IDR”, afirmou.
Na Comcam, o serviço contará com 22 coletores de esporos em 12 municípios. Em todo o Paraná a previsão é que sejam instalados 250 dispositivos na safra que se inicia.
“Estamos começando a instalar os coletores. Como atrasou o plantio e estávamos em uma condição de clima muito seca e quente tem município que não foi instalado ainda”, frisou o agrônomo.
O engenheiro agrônomo cita que o trabalho é preventivo e auxilia o produtor rural na tomada de decisão, ou seja, na aplicação ou não do fungicida. Ele explica que a ferrugem asiática ocorre por três condições básicas: soja suscetível; clima favorável umidade e temperaturas amenas; e a existência do esporo no ar.
Ele lembra ainda, que outra metodologia utilizada para auxiliar o produtor é fazer o monitoramento foliar da cultura. “Às vezes acontece de o coletor não pegar o esporo, mas a ferrugem já pode estar na lavoura”, alertou.
Ele disse que os coletores de esporos já vêm sendo instalados na região nas últimas cinco safras. “Todo ano encontramos focos”, ressaltou. À medida que são encontrados esporos, as informações são atualizadas no site do serviço (www.geoemater.pr.gov.br). Albrecht acrescentou que este serviço está aliado ao Manejo Integrado de Pragas (MIP), já desenvolvido há anos pelo Instituto.
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