Consorcio eleva a qualidade da silagem do milho e feijão

A Emater de Nova Cantu vem desenvolvendo um trabalho de plantio de milho consorciado com feijão Guandu para produção de silagem para alimentação animal. O trabalho foi conduzido pelo engenheiro agrônomo Luiz Henrique, com a assessoria do pesquisador do Iapar Elir de Oliveira, na Unidade de Referência do produtor Adair Antônio de Lazari.

O produtor ressalta a importância do trabalho da Emater, em especial esse que está sendo realizado, pois segundo ele, é de extrema importância para a agricultura familiar do Estado. O mesmo conta que desde o início que entrou na atividade teve assistência técnica da Emater e com isso teve uma evolução muito grande no decorrer dos anos.

Na propriedade foram plantados 16,94 hectares de milho para silagem em consorcio com o feijão em linhas de 45 cm, alternando as culturas. A leguminosa germina de cinco a sete dias depois do milho. Ambos têm porte semelhante, com a diferença de não entrar em competição e nem sofrer com sombreamento.

Luiz Henrique explica que em uma mesma operação, o produtor planta e colhe todo o material para ensilagem, no ponto de colheita do milho. E segundo o pesquisador, pode-se fazer o plantio na mesma linha do milho ou em linhas alternadas, dependendo do maquinário e do planejamento da propriedade.

Segundo resultados de pesquisas, o consórcio milho-guandu aumenta teor de proteína em até 50% na alimentação animal dependendo do sistema utilizado e quantidade de feijão no consorcio.

O Feijão Guandu tem como forte característica o sistema radicular agressivo e robusto, que cresce em profundidade, reciclando nutrientes e descompactando solos adensados. É também uma planta rústica e se desenvolve bem em solos de baixa fertilidade.

O feijão é excelente forrageira para alimentação de animais, inclusive fornecendo forragem rica no período mais seco do ano, além de ser uma grande produtora de biomassa e fixadora de nitrogênio, o que ajuda no desenvolvimento do milho consequentemente.