Caminhoneiros bloqueiam trevo de acesso a Goioerê

Por conta da paralisação que atinge todo o País, caminhoneiros de Goioerê bloquearam ontem, durante o dia todo, o trevo de acesso à cidade, na PR-180. Todos os caminhões e demais veículos de transporte de carga são parados e levados para o estacionamento da Copacol.

De acordo com a coordenação do manifesto, a passagem era permitida apenas para veículos com cargas vivas, ônibus de linha, frios e medicamentos.

Segundo os caminhoneiros, a paralisação é por tempo indeterminado. Nós estamos sofrendo, pois não suportamos mais o alto preço do óleo diesel, diziam.

Os caminhoneiros reclamam a falta de apoio dos agricultores, que ao contrário de outras regiões, não disponibilizaram seus maquinários para fazer parte do movimento.

A exemplo de Goioerê, tem paralisação também em Campo Mourão e outras cidades da região. É preciso mobilizar e chamar a atenção das autoridades. Do jeito que está não tem condições, cita um caminhoneiro.

O que eles querem – Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Além disso, reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo eles, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

Em razão dos reajustes diários no diesel, os caminhoneiros autônomos afirmam estar trabalhando no limite. Nos últimos 12 meses, o diesel subiu 15,9% no posto. O aumento é resultado da nova política de preços da Petrobras, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo.

Apoio – A reivindicação dos caminhoneiros é apoiada pelos donos de postos de combustíveis, que dizem estar perdendo margens com os aumentos de preços. Segundo o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, o setor vai sugerir ao governo a redução dos impostos sobre os combustíveis e também que a Petrobras faça o reajuste em intervalos maiores.