Pesquisa CNM: 65% dos municípios sofrem com a falta de medicamentos

A falta de medicamentos tem sido um grande problema enfrentado por 65% dos municípios brasileiros, segundo pesquisa “Desabastecimento de Medicamentos”, feita pela CNM – Confederação Nacional dos Municípios.
A pesquisa foi feita em agosto deste ano e segundo os números, divulgados na última quinta-feira, dia 17, para se chegar aos resultados, foram usados dados de mais da metade (57%) das cidades do país.
Os dados justificam o sumiço de medicamentos simples como dipirona e antibióticos, fundamentais para a saúde da população, mas que estão em falta em unidades das redes pública e privada do país. Segundo a CNM, o problema pode demorar a ser resolvido.
Segundo informações do site Viva Bem UOL, o sumiço destes medicamentos das prateleiras das farmácias do país, é um problema mundial, gerado na pandemia e agravado pela guerra na Ucrânia. A situação é ainda pior para quem depende exclusivamente da rede pública de saúde.
A pesquisa da CNM mostrou ainda que os antibióticos é a classe de medicamentos que mais sumiu das drogarias, com 96% dos farmacêuticos dizendo que pacientes não encontraram o remédio que precisavam.
Além de serem usados na prevenção e combate de infecções que podem evoluir para quadros graves de saúde, os antibióticos também são fundamentais para tratamento de doenças comuns como amidalite – mais conhecida como dor de garganta e sinusite.
Conforme especialistas da área de saúde, a maioria dos insumos para medicamentos é produzida na China e na Índia. Contudo, a política chinesa de Covid zero gerou episódios de lockdown, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Isso afetou a produção de insumos e medicamentos, prejudicando toda a cadeia global.

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