IBGE inicia pesquisa de campo: foco é no entorno dos domicílios

O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – iniciou nesta semana, a coleta de informações da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios. Os dados serão usados no Censo Demográfico 2022.

Em Goioerê, cinco agentes supervisores estão nas ruas para coletar dados sobre as condições das vias, calçadas, bueiros, iluminação, sinalização, acessibilidade, arborização e rede de esgoto, entre outros.

Débora Regina, que é uma das supervisoras do IBGE em Goioerê, cita que a cidade foi dividida em 28 setores, incluindo a zona rural, que serão visitados por 28 agentes censitários, cujo trabalho será iniciado a partir do dia 1º do mês de agosto.

Neste primeiro momento, as informações coletadas integram o trabalho de preparação para a coleta de campo do Censo propriamente dito, mas também servem de subsídio para uma série de políticas públicas nas três esferas de governo, envolvendo saneamento básico, mobilidade urbana, inclusão social, segurança pública e meio ambiente, entre outros temas.

A CNM – Confederação Nacional de Municípios – reforça que o Censo é a única fonte de informação para dar todo o diagnóstico ao gestor municipal e ressalta a importância para os municípios, especialmente porque os gestores precisam conhecer o presente para organizar o futuro.

Outro detalhe, é que os gestores precisam entender se os municípios passaram por mudanças e quais foram, se as cidades saíram de pequenas para médias, de médias para grandes.

Os dados coletados pelo Censo interferem também, no FPM – Fundo de Participação dos Municípios – já que o coeficiente é calculado com base na população. Por isso, a CNM reforça que para ter bons dados, o levantamento deve contar com a ajuda dos gestores locais que devem incentivar os moradores da sua cidade a receberem o recenseador.

O que é o Censo?: – Realizado a cada dez anos, o Censo visita todos os lares brasileiros e as informações recolhidas pelos agentes servem de base, por exemplo, para implantação de políticas de saúde, como a necessidade de alocação de profissionais e equipamentos para atendimento pelo Sistema Único de Saúde e planejamento de políticas educacionais.

Os dados são usados ainda como base para pesquisas amostrais, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do próprio IBGE, que levanta informações sobre o mercado de trabalho, como a taxa de desemprego, e até para pesquisas eleitorais.