Rumo à COP30: Itaipu defende soluções locais e abordagem territorial
A Itaipu Binacional apresentou sua estratégia de desenvolvimento territorial com base em soluções locais, como proposta de enfrentamento da crise climática, em diversas discussões realizadas durante da 62ª edição da Conferência dos Órgãos Subsidiários da ONU (SB62), em Bonn, Alemanha. Ao longo da programação, que termina nesta quinta-feira (26), a empresa participou de debates sobre inovação, financiamento e agricultura regenerativa.
Nessas ocasiões, a empresa apresentou iniciativas consolidadas, com resultados concretos, o que vai ao encontro da estratégia brasileira para a COP30, de construir uma “Agenda de Ação” para o enfrentamento da crise climática e fazer da próxima edição a “COP da implementação”. “A Itaipu é pioneira na transição energética e uma referência nas ações que desenvolve no território, que têm como característica valorizar o conhecimento local, envolvendo as pessoas nos processos de diagnóstico, planejamento e implementação das ações”, afirmou o diretor de Coordenação da empresa, Carlos Carboni.
A SB62 ocorre todos os anos como uma preparação das negociações e dos aspectos logísticos ligados às Conferências do Clima, como a que ocorrerá pela primeira vez no Brasil, em Belém, no próximo mês de novembro. O evento em Bonn teve suas discussões marcadas pelo senso de urgência na ação climática em um cenário internacional complexo, com enfraquecimento do multilateralismo, polarização e guerras.
Diante dessas dificuldades, a estratégia traçada pela Presidência da COP 30 é buscar aquilo que já está negociado e é consenso, e tentar acelerar a implementação em seis eixos: Energia, Indústria e Transportes; Florestas, Oceanos e Biodiversidade; Transformação na Agricultura e nos Sistemas Agrícolas; Resiliência das Cidades, Infraestrutura e Água; Desenvolvimento Humano e Social; e Finanças, Tecnologia e Capacitação.
“Nesse contexto, a Itaipu tem muito a contribuir, porque vem atuando há muito tempo no território, com foco nas pessoas e no meio ambiente. Muitas medidas que tomamos para garantir água para a produção energética são as mesmas que dão mais resiliência para o enfrentamento da crise climática”, acrescentou Carboni. “Com essa participação, a Itaipu demonstra seu compromisso de apoiar o Governo Federal não apenas na logística da COP30, mas também nos temas em discussão e na Agenda de Ação.”
Entre as ações compartilhadas pela Itaipu na Alemanha estão diversas iniciativas abrigadas no programa Itaipu Mais que Energia, como o programa Desenvolvimento Rural Sustentável (de assistência técnica a mais de 7 mil famílias de produtores rurais); o desenvolvimento de novas fontes renováveis (especialmente solar fotovoltaica e biogás); estruturação da coleta seletiva municipal de materiais recicláveis por meio do programa Coleta Mais (com ações em 255 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul, envolvendo 4 mil catadores); conservação de água e solo em áreas agrícolas, e de mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica – entre outras.
“As ações da Itaipu para a adoção de técnicas sustentáveis na agricultura ganharam destaque, uma vez que a agricultura regenerativa é um tema em ascensão nas negociações climáticas. O uso do solo é um ponto em que o Brasil tem grande potencial para avançar no enfrentamento das mudanças do clima. E o cultivo sustentável dos alimentos, algo que a Itaipu já promove há muitos anos, é um dos principais caminhos para conciliar a atividade humana com a preservação dos ecossistemas”, afirmou a chefe do Escritório de Brasília e responsável pelos temas internacionais da Itaipu, Lígia Leite Soares.