Semeadura da soja chega a 86% na área de atuação da Copacol

A soja safra 2022/23, que está sendo implantada na região da Copacol, já chega a 86% da área a ser cultivada. A chuva registrada nos últimos dias impossibilitou o produtor de concluir o plantio, que agora aguarda a estabilidade do tempo para retomar a semeadura do grão.

Apesar dos grandes volumes de chuva registrado em setembro e nestes primeiros dez dias de outubro, o clima se apresenta em melhores condições em relação as safras anteriores, das quais a estiagem foi o maior desafio.

De acordo com o engenheiro agrônomo, João Mauricio Roy, pesquisador do CPA, (Centro de Pesquisa Agrícola) da Copacol, a boa estrutura dos produtores, com modernas máquinas possibilitam uma grande agilidade na semeadura e diante disso ele acredita que o plantio desta safra será concluído assim que o clima se reestabelecer.

Segundo ele, as áreas já semeadas no mês de setembro, logo nos primeiros dias após o período de vazio sanitário, se apresentam em boas condições.

MILHO TIGUERA

Toda safra tem os seus desafios e entre estes, a preocupação no momento é com o milho voluntário, também conhecido como milho tiguera, que emerge em meio a cultura da soja.

Segundo o engenheiro agrônomo, Carlos Alexandre Porto, já pensando na próxima safra de milho de inverno, a Cooperativa está orientando os produtores sobre a importância de se fazer o controle do milho tiguera em meio a cultura da soja.

“Esse milho vai servir de hospedeiro para a cigarrinha e com o estabelecimento da soja, logo vem as primeiras aplicações para controle de plantas daninhas, e é neste momento que o produtor deve aproveitar para eliminar essas plantas de milho, que devem ser controladas com produtos à base de graminicidas”, orienta.

Ele lembra que os impactos do milho voluntário não interferem somente na próxima safra do grão, mas na própria soja que está campo, além de servir de hospedeiros para outras pragas e doenças, como o percevejo por exemplo, por isso a necessidade de o produtor se atentar para este manejo.

“Tivemos uma infestação muito da grande de cigarrinha na última safra de milho de inverno que interferiu na produtividade de muitas lavouras da região e diante disso neste início de safra de soja estamos fazendo um trabalho preventivo, já visando o milho segunda safra de 2023. A partir de pesquisas realizadas no CPA, orientamos aos produtores que utilize matérias mais resistentes a cigarrinha, pois essa também é uma forma de se evitar os impactos causados por essa praga”, explica Carlos.