Goioerê promoveu ações em alusão ao 18 de maio

O município de Goioerê, por intermédio da Secretaria de Assistência Social, realizou diversas ações esta semana, em alusão a 18 de maio, quando se comemora o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. As atividades também tiveram apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e Conselho Tutelar.

As ações foram iniciadas na terça-feira com palestra na Vila Candeias. Na quarta-feira autoridades municipais, entre elas o prefeito Pedro Coelho, se reuniram no auditório da Associação Comercial, onde falar do tema e assistiram a uma palestra com o Promotor de Justiça Renato Teatini de Carvalho.

Sandra Regina de Souza, assistente social, disse que o principal propósito das ações foi levar a temática para conhecimento da população em geral. As pessoas precisam saber o que a gente discute nessa data, pois os casos de violência precisam ser denunciados, cita ela.

Durante sua palestra, o Promotor Renato lembrou que muitas vezes as pessoas acreditam que a violência só acontece na TV, quando na verdade ela está bem perto da gente. É preciso ficar atento, pois a violência contra crianças e adolescentes acontece em todas as classes sociais e às vezes não está lá fora, mas dentro da própria casa, destacou.

O prefeito Pedro Coelho, presente no evento, lembrou que a data 18 de maio é das mais importantes e não pode passar em branco. Essa é uma data que nos remete a mobilizar, informar, sensibilizar e convocar toda a sociedade para participar dessa luta. O combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes é um assunto sério e que não pode cair no esquecimento, afirmou.

As ações continuaram em Goioerê na quinta-feira, com a ministração de palestra para moradores do Jardim Universitário.

A campanha

A campanha deste ano teve como tema Não Engula o Choro, mostrando que muitas vezes, a criança se comunica mais pelo choro e outros sinais não verbais que por palavras, quando algo está errado. No caso de violências, o silêncio é ainda maior, porque, geralmente, o autor é próximo à família. 

Fernanda Richa, secretária estadual da Família, destaca que o silêncio é um dos principais dificultadores no combate à violência contra a criança e o costume de pedir para as elas engolirem o choro só agrava essa situação.

É imprescindível sensibilizar família, professores e todos os agentes da rede de proteção. Somente dessa forma tornaremos visíveis essas situações que comprometem o desenvolvimento de meninos e meninas. E contar com uma pessoa de confiança para ajudá-la, em caso de violência ou em que algo está errado, afirma.

Além do choro, outros sinais podem indicar que a criança ou adolescente vem sofrendo algum tipo de violência, como irritabilidade constante, olhar indiferente, apatia, distúrbios do sono, dificuldade de socialização e tendência ao isolamento. Também podem ser sinais, as manifestações precoces de sexualidade, desconfiança extrema, autoflagelação, baixa autoestima, insegurança, extrema agressividade ou passividade, entre outros.

São sinais perceptíveis, principalmente por quem convive com a criança ou a vê com frequência, na escola, na igreja ou em outro lugar de convívio social, destacaAlann Bento, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança do Adolescente (Cedca).