Em um ano casos de Aids aumentam 45% na região

Relatório da 11ª Regional de Saúde, aponta que os novos casos de Aids amentou 45,16% em um ano na região, saltando de 62 em 2016 para 90 em 2017.

De acordo com os números, Campo Mourão registra mais da metade dos casos de toda a região, com 52. Em seguida aparece Ubiratã (8); Roncador (5), Iretama (5); Peabiru (4); Terra Boa (4), Campina da Lagoa (3), Goioerê (2); Araruna (2); Boa Esperança (2); Farol (1); Janiópolis (1); Mamborê (1).

Ainda conforme o levantamento, a maioria dos casos foi confirmada em pessoas do sexo masculino, 65% e 35% em mulheres. Outro dado preocupante é que mais de 70% dos infectados são jovens, com idade entre 18 a 21 anos e também pessoas do mesmo sexo (homem com homem) que praticam relações sexuais entre si.

De acordo com a enfermeira Ana Lúcia Cardoso, como muita gente costuma se arriscar sexualmente sem tomar os devidos cuidados e ainda não procuram fazer o teste, esse número pode ser muito maior. A gente costuma considerar que para cada um soropositivo, existem mais quatro pessoas contaminadas com o vírus, portanto é possível que a região tenha um número ainda maior de casos” revelou Ana Lúcia.

A enfermeira observou que a facilidade de contato entre os jovens por meio das redes sociais pode contribuir para o descontrole do vírus nessa faixa etária. De acordo com ela, jovens e até adolescentes acabam não tendo aresponsabilidade que precisariam perante uma doença que ainda não tem cura.

Com base nesses números percebemos o quanto as pessoas estão vulneráveis, fragilizadas frente a essa epidemia, principalmente os jovens. A maioria dos pacientes que nos procurou são homens, que se relacionaram com outros homens. Muitas são pessoas cultas, universitáriosou seja, pessoas dotadas de conhecimento, mas que não estão tendo o autocuidado na hora do sexo. Quando se fala em Aids é preciso lembrar que todos somos vulneráveis, reforçou Ana Lúcia.”, 

Atualmente são 653 pacientes de toda a região, atendidos em Campo Mourão. Por ser uma patologia crônica e ainda sem cura, o paciente passa anos em tratamento. Temos casos de pacientes que estão sendo atendidos aqui há mais de 16 anos, disse Ana Lucia. Segundo ela, o número e de pacientes residentes no município cadastrados no ambulatório com Aids soma 285; os casos novos registrados na cidade são 12 e na Comcam 27. O ambulatório atende também casos de hepatites virais (B e C). Durante 2017, foram registrados no ambulatório pelo menos 7 novos casos de pacientes “om hepatite B e 3 de pacientes com hepatite C.